Uma cidade pacata, encravada nas abas da serra e com pouco mais de 20 mil habitantes é tomada por romeiros e romeiras – devotos do Frei Damião de Bozzano. Um movimento que atravessa décadas, ainda das Santa Missões com Monsenhor José Escorel em vida até o que se conhece hoje por uma das maiores manifestações de religiosidade popular do Nordeste.
O quê motiva o romeiro? Essa pergunta ultrapassa o tempo. Um movimento em busca de encontro com Deus? Uma sede por cura para as mazelas do corpo e da alma?
Não! É bem mais que isso. É seguir os passos daquele que com sua vida, sem precisar de alardes levou o Evangelho aos mais simples, Frei Damião. Por isso, a ROMARIA DO FREI DAMIÃO É DOS ROMEIROS e são eles a razão de ser desse megaevento que superlota um rincão pequenino. O romeiro vem, paga sua promessa, entrega aos pés do monumento, num símbolo da fé novos pedidos com a promessa de voltar no próximo ano. O romeiro vem rezar, celebrar, comungar da união com centenas de milhares de irmãos que confluem em multidão para o Cruzeiro do Alto da Serra.
A Romaria é de São Joaquim do Monte e entregou o título “Capital dos Romeiros”. E esse legado será levado para a posteridade, à nação romeira, que de terço da mão e reza nos lábios alcançam o céu através do testemunho do Frei Damião.
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